sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Opinião | Apelação e clichês dão o tom da estreia de As Brasileiras



É muito cedo para fazer uma avaliação definitiva sobre a série “As Brasileiras”, formada por 22 episódios independentes, apenas com base na estreia. Em todo caso, julgando pelo primeiro episódio, “A Justiceira de Olinda”, é possível prever que o projeto não é tão bom.

O programa, dirigido por Daniel Filho, é derivado de “As Cariocas”, uma série em dez episódios, que foi exibida pela Globo em 2010, mas também é inspirada no livro, com o mesmo título, de Sergio Porto (1923-1968).

No primeiro episódio, “A Justiceira de Olinda”, a morena (Juliana Paes) pensa que foi traída e castra o marido (Marcos Palmeira), só depois ela descobre que cometeu um engano. A estreia foi marcado por uma comédia pesada, com um texto apelativo, altamente sexual, pejorativo e grosseiro.

Em 30 minutos, fomos bombardeados por termos chulos sobre o objeto em questão. “Será que o foguete sobe?”. “Cadê o penduricalho?” Ou ocorreu um “acidente nos países baixos”. E por aí foi. 

Sem contar as cenas da correria atrás do orgão genital decepado, e a saga pela recuperação do membro no hospital, algo no mínimo ridículo.

Os clichês também inundaram o episódio, pérolas como “Olinda tem 400 mil privilegiados” e “em Olinda o galo já acorda cantando frevo” são partes do texto pobre de Marcos Bernstein.

Pelo primeiro episódio podemos ter uma noção de como será Juliana Paes na pele da nova "Gabriela". Dá até pena!

Será que Daniel Filho perdeu a mão?

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