segunda-feira, 26 de março de 2012

No geral, Fina Estampa foi apenas mais uma decepção


"Fina Estampa" foi sem dúvida um sucesso de audiência e popularidade. Aguinaldo Silva soube como nenhum outro ator vender seu peixe nas redes sociais. Griselda (Lilia Cabral) e Tereza Cristina (Christiane Torloni) ficarão na história como grandes personagens da dramaturgia brasileira.

Mas por outro lado, "Fina Estampa" foi uma decepção. Pessoalmente considero que no papel de Griselda, Lilia Cabral teve sua pior interpretação, o Pereirão não lhe caiu bem! Uma personagem chata, autoritária, intrometida e monótona.

Christiane Torloni eternizou Tereza Cristina como uma das piores megeras das história, mas ainda muito aquém da mega vilã Nazaré Tedesco.

O Renê (Dalton Vigh) foi sem dúvida o mocinho mais sem sal que já vimos na telenovela. O maior destaque foi indiscutivelmente Croadoaldo Valério (Marcelo Serrado). Ao lado do Zoiudo Baltazar (Alexandre Nero), essa dupla proporcionou ao telespectador bons momentos, hilariante.

José Mayer fez o ridículo Pereirinha, e Júlia Lemmertz a sensível Esther. Dan Stulbach fez o chato Paulo.

Destaques ainda para Marco Pigossi, Sophie Charlotte, Adriana Birolli, Dira Paes, Malvino Salvador, Monique Alfradique e a maravilhosa Eva Wilma.

O português Paulo Rocha foi uma boa revelação da trama como Guaracy. Uma vergonha também foram as atuações de Carlos Machado, Caio Castro, Dudu Azevedo, Marcelo Brou, Sandro Pedroso, Carol Macedo, Suzana Pires, Guilherme Leicam e Júlio Rocha. 

Milena Toscano, Cris Viana, Guida Vianna, Wolf Maya e Totia Meirelles foram meros figurantes. Arlete Salles é outra que fiocu diminuída. Vilma não disse ao que veio e uma personagem tão boba não pedia por uma atriz tão consagrada. Foi inútil também a participação de Helena Ranaldi (como Chiara) e Letícia (Tânia Khalill) perdeu toda a credibilidade, depois que desistiu de casar com Juan Guilherme (Carlos Casagrande) só porque a ex-mulher dele havia retornado ao Brasil.

Carolina Dieckmann tentou dar a volta por cima após a Diana, de "Passione" (2010), mas não foi desta vez. Uma atuação afetada, cheia de caretas, beicinhos, igual a tudo o que ela já fez na vida.

"Fina Estampa" abordou bons temas, como a prostituição juvenil masculina (com Leandro, vivido pelo bom Rodrigo Simas), o preconceito social, a aceitação de uma transexual (a Marida de Aluguel Fabrícia, interpretada por Luciana Paes), a violência doméstica, a gravidez na adolescência. Mas tudo foi se diluindo e ficando pelo caminho. E a novela chegou ao fim extremamente sem conteúdo. E como toda novela, o fim deixou a desejar, e não poderia ser diferente. O problema é que nunca aprendemos e sempre queremos mais!

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