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Girls conquista o público e a crítica |
Criada, estrelada e até dirigida pela, até então desconhecida, Lena Dunham, Girls, lançada em 2011 pela HBO, é a mais nova onda na tv americana. Em sua segunda temporada, a produção tem conquistado público no mundo inteiro por romper com qualquer tipo de preconceito.
E o reconhecimento pelo excelente trabalho não vem apenas da audiência, a crítica também tem aplaudido a série. Não a toa, ela recebeu cinco indicações ao Emmy Primetime, incluindo "Melhor Série de Comédia", "Melhor Atriz", "Argumentista/Roteirista", e "Realizadora/Diretora", todos para Dunham, em 2012. E em 2013 faturou dois globos de ouro como melhor série de comédia e melhor atriz para Lena Dunham.
Girls narra a história de Hanna Horvath, uma aspirante a escritora que precisa se virar sozinha depois que seus pais decidem retirar a ajuda financeira. Com 24 anos, a protagonista é acomodada, insegura, mimada e que tem sérios problemas de autoestima, compondo um personagem complexo e que pode evoluir bastante ao longo da série.
Além de Hanna, Girls também apresenta Marnie (Allisson Williams), uma recepcionista da galeria de arte, cujo sonho é trabalhar com questões ambientais. Ela é apresentada como a mais “responsável” do grupo, mas mesmo assim vive um relacionamento completamente enfadonho com alguém que não combina com ela. Já Jessa (Jemima Kirke) é uma britânica estudante de filosofia, que afirma ter viajado pelos quatro cantos do planeta. Seu estereótipo é o da garota descolada e bem resolvida, mas logo percebemos que as coisas não são exatamente da forma que ela demonstra. A última personagem é Shoshanna (Zosia Mamet), a prima de Jessa, mostrada como uma pessoa boba e ingênua, que adora Sex and the City.
Por sinal, há quem diga que a autora teve inspiração em Sexy and the City, mas convenhamos, tirando o alto nível de sexualidade, quatro amigas e Nova York como cenário, as séries não tem nada a ver. Por falar na Big Apple, Girls mostra o lado "feio" da cidade, a periferia do Brooklin. A série quebra qualquer esterótipo de beleza, moral ou bons costumes. Mostra personagens com estéticas comuns, a protagonista, inclusive, é uma gordinha que adora transar com desconhecidos. Cenas de nudez, uso de drogas e álcool são mais do que frequentes.
O cotidiano de jovens normais é o recheio do enredo. Os problemas que todo jovem passa nessa fase da vida é muito bem narrada e descrita na atração. Muita, mas muita gente mesmo, tem se identificado com situações vividas pelos personagens, e esse é sem dúvida o segredo do sucesso. Um NÃO, bem grande, para a hipocrisia de corpos sarados e plastificados, protagonistas bonzinhos e de índole irrepreensível. Esta não é a realidade, ninguém é totalmente certo ou errado e o mundo não é feito por misses e misters. Enfim, é bom ver que ainda há esperança!
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