quarta-feira, 27 de março de 2013

Record quer o primeiro lugar em no máximo 5 anos

Walter Zagari e Alexandre Raposo no lançamento da programação Record 2013
 
Com um otimismo peculiar, mesmo diante da atual crise de audiência e quase perdendo o segundo lugar para o SBT, a Record quer ser líder de audiência a curto prazo.
 
Nesta terça-feira (26), ao lançar a nova programação da emissora, Walter Zagari, vice-presidente do canal, afirmou que Edir Macedo deu ordens para que o objetivo de alcançar a liderança seja atingido entre 3 e 5 anos.
 
E não é só em audiência que a Record quer se equipara a Globo. Eles também almejam o mesmo faturamento. A Globo detém atualmente 70% do bolo publicitário. A diferença a ser eliminada é de R$ 8,28 bilhões, nas contas de Zagari. Segundo ele, a Record faturou R$ 1,720 bilhão em 2012. A Globo faturou RS$ 10 bilhões. Tarefa um tanto quanto difícil, não acham?
 
No quesito ibope, a Globo, hoje, detém cerca de 50% do share no painel nacional. Já a Record, que praticamente divide a vice-liderança com o SBT, alcança menos de 20% de participação.
 
Questionado sobre como pretende cumprir a meta estabelecida por Macedo, Zagari não dá respostas muito diretas, mas afirma se espelhar no mercado americano. “Nos Estados Unidos, as três grandes redes (ABC, NBC e CBS) dividem audiência, share e publicidade, Vai acontecer um dia aqui”, diz. “Eles (Globo) trafegaram quatro décadas sem concorrência.”
 
Elenco da Record no lançamento da programação 2013
 
Sem dúvida o ideal seria que as emissoras no Brasil fossem mais equiparadas. Toda unanimidade ou monopólio é prejudicial. Os investimentos da Record, ainda que em alguns casos questionáveis, foram muito saudáveis para o mercado nos últimos anos.
 
Mas o problema é que pouco afetou a hegemonia da Globo, que segue isolada na liderança em audiência e faturamento. Aliás, o SBT ameaçou muito mais a Globo nos anos 90 do que a Record hoje em dia.
 
A Globo tem perdido audiência sim, mas o faturamento só cresce. E o curioso é que o público não tem migrado para a concorrência e sim para outros meios, como a internet. Vejamos um exemplo: nos anos 90, a Globo alcançava com tranquilidade a media de 40 pontos, com picos acima de 60 na faixa noturna. O SBT superava os 15 pontos de média no mesmo horário e a Record patinava abaixo dos 5.
 
Hoje, a Globo não consegue atingir os 30 pontos de média na faixa nobre. SBT e Record juntas se esforçam para somar 15 pontos. É sem dúvida uma nova realidade. Mas é certo que o concorrente a ser batido é outro, a internet. Ou diante da impossibilidade de tal feito, seria o caso de se aliar a ele. Fico com a última opção!

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